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Técnicas de esmaltação à fogo

A esmaltação a fogo é uma das formas mais antigas de aplicação de cores em jóias e objetos religiosos feitos em metais preciosos, sendo frequentemente utilizada em substituição a pedras preciosas.

O esmalte empregado nesta técnica é basicamente vidro - uma combinação de fluxo (vidro incolor) e óxidos metálicos (cobre, manganês e ferro) que lhes dão a coloração. Quando aquecido a aproximadamente 800ºC, o esmalte torna-se líquido e adere à superfície do metal.

O esmalte pode ser adquirido em pedras ou já triturado em finos grãos. Os esmaltes podem ser opacos, transparentes e opalescentes.

Os metais mais utilizados para a esmaltação a fogo são o cobre, a prata e o ouro.

Técnicas

Através dos anos, várias técnicas de esmaltação foram criadas e aprimoradas. Algumas estão relacionadas ao preparo do metal e, outras, ao modo como o esmalte é aplicado. As técnicas mais utilizadas na joalheria são as seguintes:

Basse Taille: Em francês significa "baixo entalhe", é a técnica na qual padrões ou desenhos são gravados na superfície do metal e, após a esmaltação com esmaltes transparentes, tornam-se visíveis através do vidro.

Pingente Art Nouveau de  René Lalique ( França, 1860-1945).  Ouro, esmalte e pérola

Champlevé: Em francês é "campo elevado". Nesta técnica o esmalte é aplicado em depressões feitas na peça, deixando áreas de metal exposto. As depressões são executadas pelo processo de corrosão por ácido, embora outros métodos possam ser utilizados. Desenvolvida inicialmente pelos Celtas no século III a.C. para a decoração de seus escudos, esta técnica tem sido a mais popular forma de esmaltação.

Anel em esmalte sobre prata (2003) Carmen Lombardi

Cloisonné: Em francês quer dizer "cela" ou seja, um espaço fechado. Nesta técnica, fios muito delicados de metal são dobrados para formar um desenho; o esmalte é, então, depositado dentro destes espaços fechados. Embora possa ser executada sobre um fundo de cobre, é mais utilizada sobre prata ou ouro. O Império Bizantino no século XIII a. C. desenvolveu belíssimas obras religiosas em cloisonné sobre peças de ouro.

Grisaille: Significa "grisalho" ou "acinzentado" em francês. É uma forma de pintura com esmalte em tons monocromáticos. Utilizando-se um fundo esmaltado em preto, são aplicadas sucessivas camadas de esmalte branco, criando vários tons de cinza.

Retrato de Cleópatra (1540-60) Jean II Penicaud ( França) Esmalte sobre placa de cobre - Museu do Louvre

Limoges: Esta técnica consiste em uma pintura com esmalte especialmente preparado, onde diferentes cores são aplicadas na superfície do metal sem a separação por fios ou relevos.

Placa (1170-80) França (Limoges) - Esmalte sobre placa de cobre The Cloisters Collection

Plique-à-jour: Em francês significa "aplicado em espaços vazados" ou "membrana por onde passa a luz do dia". Esta técnica assemelha-se a um vitral em miniatura, muito famosa na época da Art Noveau. As peças executadas em plique-à-jour são mais frágeis, já que não possuem um fundo para a proteção do esmalte.

Fivela (1903-04) René Lalique (França, 1860-1945) Ouro, esmalte, opala, safira

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